terça-feira, 11 de novembro de 2014

Olhando Para Sara…

“Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, o chamei, e o abençoei e o multipliquei” (Is 51.2).
Vamos atender a esse chamado? Vamos olhar a vida de Sara no lar e os frutos que ela produziu?
Sara está incluída nos heróis da fé que honram o nome do Senhor. O que a sua fé gerou?
Na primeira epístola de Pedro, lemos: “Como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e não temendo nenhum espanto” (1 Pe 3.6).
Sara fazia o bem e não temia nenhum espanto. A quem Sara fazia o bem? A Abraão, seu esposo. Você lembrou-se de alguém, querida amiga? Será que veio à sua mente o que veio à minha? Lembrei-me da mulher virtuosa. “Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (Pv 31.11). O fruto da bondade e benignidade estavam presentes na vida dessa mulher. Sara poderia escolher ser uma mulher amargurada e triste por ser estéril. Ela não frutificava fisicamente! Mas isso não foi motivo para esterilidade espiritual, pelo contrário, foi a razão para sua riqueza espiritual.
Quantas vezes nós, mulheres, ficamos aborrecidas com tão pouco! Reclamamos de tudo e falamos mais do que convém. O segredo de Sara foi a obediência ao seu esposo e o seu comportamento diante das dificuldades impostas sobre sua vida. Jesus disse: “Todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá” (Lc 11.17). Oh, querida irmã, se você quer as bênçãos de Deus, você precisa dar o primeiro passo: frutificar dentro da sua casa, sendo parceira do seu esposo em tudo (e, é claro, menos no que for pecado). A palavra é enfática: “Cada uma saiba possuir seu corpo em santificação e honra” (1 Ts 4.4). Se quiser colher bons frutos no futuro, comece hoje submetendo-se e ouvindo o seu marido. Ele é a voz de Deus para você. Sara também “não temia nenhum espanto”. Vemos aqui o fruto da paz. É um fruto que todas nós mulheres necessitamos. Sara não era inclinada ao medo, pois confiava no Senhor. Spurgeon nos diz: “Houve várias ocasiões em que ela poderia ter sido muito inquieta e aborrecida. A primeira foi em romper com sua vida doméstica. Vejam, seu marido, Abraão, recebe um chamado para sair de Ur dos Caldeus. Bem, é uma jornada considerável e eles se deslocam para Harã. Há algumas mulheres – mulheres descrentes e até mesmo cristãs – que não teriam compreendido isso”.
No trajeto, houve muitas surpresas. Não só surpresas boas, mas ruins também, e Sara não deixou de frutificar em tempo de crise. E, você, está preparada pelo Espírito para frutificar na hora da crise? Mesmo vivendo uma vida instável, ora estavam em um lugar, ora peregrinavam para outro, armando e desarmando tendas, Sara seguia fielmente o seu marido, confiando que o Senhor os estava guiando.
Todas nós sabemos que a instabilidade afeta nossos nervos. Mulheres gostam de previsibilidades, de organização (pelo menos a maioria delas), mulheres gostam de ter certeza. Mas a vida de Sara era uma eterna incerteza. Ainda assim, ela não se rebelou nem contrariou o seu marido, mas conseguia fazer do seu lar um ambiente de paz, pois era mulher prudente e sempre estava acatando suas orientações. A mulher que submete-se amorosamente ao seu esposo atrai as bênçãos de Deus para o seu lar.
Que grande exemplo! Em nossas vidas parece que sempre precisamos de uma dose extra de tranquilidade. Pensamentos de fracasso e autopiedade frequentemente nos atacam e, se deixarmos, somos engolidas pelo medo. Nunca se precipite em dizer: “Não consigo viver sem isso, não conseguirei”. A nossa dependência deve ser somente de Cristo, somente Ele deve ser a nossa porção. Nosso temor deve ser o de perdê-Lo, pois se perdermos tudo aqui, mas continuarmos com Ele, então não teremos perdido nada.
Cantamos um hino (HCC-254) que diz:
“Sem Cristo eu morreria
Sem Cristo preso estou
Sem Cristo eu desistiria
Mas, com Ele, salvo e livre sou”
Essa palavra é de mulher para mulher, amada. Precisamos de paciência até que os frutos do nosso trabalho apareçam (Hb 10.36). Não podemos desanimar. A vitória está no final, e não no começo das coisas. Caminhe, mas não se apresse. Spurgeon nos aconselha:
“A calma da mente é a mãe da prudência e discrição. Ela dá a firme posição que é necessária para o guerreiro, quando ele está prestes a desferir um golpe vitorioso. Aqueles que não podem ser surpreendidos pelo medo viverão para serem surpreendidos com a misericórdia! “Como”, pergunta alguém, “podemos obter isso?” Essa é a questão! Lembrem-se, isto é uma consequência da fé e vocês a terão na proporção em que tiverem fé e se aproximarem de Deus. Tenham fé em Deus e vocês não terão medo e nenhum espanto”.
Deus abençoe na luta diária!
Um forte abraço!

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(o texto foi extraído do nosso livro Mulher: Feita Para Frutificar).

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