quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia da Mulher: Um dia para Celebrar a Redenção


Ser mulher é algo difícil de explicar. Todas as palavras do mundo não expressariam todos os anseios da nossa alma. Os homens não compreendem nossas variações e sensibilidades. E aqui você pode vibrar e dizer: “Oba! A irmã Judite entende nossos dilemas!”. Mas já lhe adianto que não são somente os homens que não nos entendem. Nem mesmo outras mulheres podem perscrutar nossos anseios. Já nos decepcionamos vezes sem conta com amigas, irmãs, mães, sogras, tias, professoras, terapeutas… Talvez tenhamos mais mulheres na lista de decepções do que homens. E posso afirmar sem medo de errar que muitas vezes achamos que o universo conspira contra nós!
Somente um pode definir-nos da forma correta. Nem mesmo nós conseguimos entender muitos dos sentimentos, sensações e desejos que brotam dentro de nós. Mas há Um que nos entende, pois foi Ele Quem nos fez.
Lá no Éden, Ele percebeu o quanto o mundo precisava de nós. Depois de ter criado todas as coisas, tudo estava pronto e era bom. Até mesmo Adão já estava lá, dominando a criação e relacionando-se com o Criador. Mas faltava alguém. O toque final da criação. E então, o mesmo Criador, que afirmou que sua criação era boa, agora faz uma negativa: “Não é bom”. Como assim, “não é bom? O mundo não está perfeito? Tudo funcionando? Por quê?” Faltava a mulher, e Deus, o Criador, diz: “Não é bom que o homem esteja só”.
Percebe como somos a parte que falta? A desejada? Sim, desde nossa constituição, somos aquela parte esperada. E Ele não fez a mulher chamando-a à existência como fez com toda a natureza. Também não a fez do pó da terra, como Adão. A mulher tinha que ser especial. Ela viria para completar o homem, portanto, deveria vir da sua costela. Depois de um profundo sono, Adão acorda e vê ao seu lado, EVA!
Quando Deus a fez, chamou-a de “ezer kenegdo”. “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele [uma ezer kenegdo]” (Gênesis 2.18). E esse termo quer dizer algo como “um salva-vida ao lado de”. Já pensou como somos importantes? Deus nos colocou como alguém que salvaria vidas ao lado do homem.
A história da nossa criação diz muito sobre nós, mulheres – nossas complexidades, desejos, emoções, missão. Fomos feitas para estabelecermos relacionamentos. Deus nos fez para que estivéssemos a socorrer, conversar, brincar, ajudar, cuidar… Criou a mulher para estar envolvida em situações de risco onde ela seja peça fundamental, imprescindível na vida de outros. E como Suas criaturas, possuímos a Sua imagem, a imagem de Deus, nessa forma complexa, sensível, bela e vibrante. Assim como Deus quer que O desejemos ardentemente, nós mulheres, fomos feitas não para ser um adereço ou um prêmio para ser posto numa estante, mas para desempenharmos um papel insubstituível nesse mundo.
Como comentei no livro “Mulher: feita para frutificar”, infelizmente, desde o Éden, a mulher tem sido o alvo prioritário de satanás. De forma sutil, ele tenta argumentar conosco que não precisamos ser aquilo para o qual Deus nos designou. Podemos ser mais: mais inteligentes, mais atraentes, mais poderosas, mais felizes, mais ricas, sempre mais. Ele distorce nos nossos ouvidos as palavra de Deus, fazendo-nos crer que poderemos superar em beleza, poder e conhecimento – exatamente as áreas em que ele se exaltou e por isso foi expulso do céu.
Qual tem sido o resultado dessa desobediência? Um completo distanciamento da nossa missão primordial e redentora. Estamos tão assoberbadas, corremos de um lado para o outro. Somos importantes e donas do nosso destino. Mas falhamos naquilo para a qual fomos criadas. Lutamos para sermos importantes e deixamos vazio o lugar do papel insubstituível para o qual fomos feitas, o ezer kenegdo.
Mesmo com todas as conquistas, o que a mulher ainda mais anseia é relacionamento e profundidade. Preste atenção em você mesma: o que mais lhe preocupa? O que mais ocupa o seu pensamento? Não são as relações com outros (filhos, marido, pais, namorado, etc)? Nossas mais profundas preocupações estão sempre relacionadas a alguém. Por isso, são muitas as mulheres vazias, sem sentido na vida. Desprezar a nossa natureza é perigoso, no entanto, tem sido essa a atitude das mulheres.
O pecado deformou a imagem de Deus em nós e hoje, tememos a punição pelo nosso erro. Buscamos uma glória efêmera para só então descobrir o vazio. Deixamos de confiar em Deus para confiar na conversa do inimigo que vem para “matar, roubar e destruir”. E assim como Eva, em vez de corremos para os braços de Deus na dificuldade, nos escondemos com medo da Sua voz.
Quero abrir os seus olhos para algo que muitas mulheres não conseguem enxergar. Tudo o que nos sobreveio ou nos sobrevém na forma de rejeição, abandono, abuso, humilhação, derrota, não veio porque homens odeiam mulheres, ou porque vivemos em uma sociedade machista e patriarcal, não. A causa por trás de tanta perseguição às mulheres ao redor do mundo começou lá no Éden, e se estende pelos séculos. O inimigo, personificado na serpente, vai em busca da mulher para destruí-la. Veja como esta era a preocupação de Paulo: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Co 11.3).
Ele, o inimigo, conhece a nossa natureza e imagem de Deus impressa no nosso DNA. E ele fará de tudo para destruir isso. Ele quer destruir suas emoções, seus relacionamentos, sua beleza e tirar de você todo senso de valor quando lhe desviar da sua missão.
Mulheres, precisamos mais do que tudo abrir os olhos para essa realidade. E o meu clamor é que voltemos às origens – voltemos lá para o Éden e nos aprofundemos naquEle que nos criou e nos fez para o Seu louvor e revelação da Sua glória.
O Senhor está aqui e quer restaurar a sua vida. Quer lhe dar novo valor e nova oportunidade, quer fazer de você vaso de honra no seu Reino. O Senhor diz: “Os seus inimigos dizem: ‘Sião é desprezada, ninguém se importa com ela!’ Mas eu lhe darei saúde novamente e curarei as suas feridas. Eu, o Senhor, estou falando.” (Jeremias 30.16,17)
Com Jesus, a mulher ganha novo valor e dignidade. Não são poucas as mulheres em Seu ministério e vida. Ele nunca deixou passar sem que resolvesse as questões de uma mãe aflita pela seu filho, sem que curasse doenças íntimas, absolvesse aquela de coração quebrantado, ainda que ferido. Ele marcou encontro com uma mulher cheia de aventuras sexuais, mas vazia de sentido, e deu-lhe nova razão de viver. É em Jesus que encontramos a redenção para nossas feridas na alma. Somente Ele pode esmagar a cabeça da serpente que nos seduz.
E é por isso mesmo que anos depois, Paulo, inspirado por Deus, escreve: “[A mulher] salvar-se-á dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação. (1 Timóteo 2:15). Aquela mesma mulher, outrora enganada e enredada nas redes do inimigo, pode ser redimida por um ato de escolha, voltando-se para Deus, obedecendo a Sua voz. Maria ouve a voz do Anjo e obedece. Aceita ser o instrumento de Deus ao trazer ao mundo o Filho de Deus encarnado – o salvador da humanidade.
Maria aceitou cumprir a missão e ao lado de José esteve até ver cumprida cabalmente as palavras da Profecia. Não somente ela foi salva, mas todas que, assim como ela, deixam Cristo nascer em seu interior.
“Eis que estou à porta e bato”, disse Jesus. Ele está aí, bem perto de você, batendo na porta do seu coração. Que portas precisam ser abertas para que Ele lhe cure? A porta da salvação? A porta da auto-estima? A porta do amor? A porta das emoções?
Esse Jesus veio para destruir aquele que queria nos destruir. Ele nos ama com um amor incomparável. Ele é manso, suave, totalmente admirável. E o melhor, nos ama apaixonadamente. Ele espera que O amemos, que correspondamos a este amor. Aquele que nos criou, que conhece todas as nossas imperfeições e pecados ocultos, nos ama. Normalmente escondemos os nossos defeitos com medo de não sermos amadas e aceitas. Mas Ele conhece cada um deles e ainda assim nos ama com um amor sem fim. Eu lhe pergunto: há amor maior que este? E por que rejeitamos o Seu convite?
Neste dia, ajoelhemo-nos diante de Deus e agradeçamos pelo dom supremo dado a nós, mulheres, e através de nós à humanidade: Jesus! Essa é a verdadeira honra que carregamos como mulheres. Não são as lutas sindicais, as conquistas trabalhistas ou civis, não é a liberdade e autonomia que celebramos, não. Na verdade, tudo isto maculou a imagem de Deus em nós e não temos o que comemorar quanto a essas questões. Mas, se é pra falar em mulher, se é para erguer o seu ânimo, lembremos a maior conquista da humanidade vinda no ventre de uma mulher.
Faça deste dia um momento especial para lembrar-se de como o Senhor a ama. E que apesar das nossas imperfeições, somos queridas, cortejadas e desejadas por Deus. Temos muito o que celebrar, mas não na forma do mundo. Sejamos sábias e aceitemos a remissão não somente do pecado, mas também a remissão do dia 8 de março – Dia da Mulher – resgatando a história de amor de Deus por nós, mulheres, ao longo da história.

Deus lhe abençoe, mulher!! Celebre este dia mostrando ao mundo a verdadeira identidade de Deus em sua vida como mulher.

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Um comentário:

  1. Que mensagem linda irmã Judite! Deus continue abençoando a senhora. Somos verdadeiramente muito importantes. A paz do Senhor.

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